quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um Cofre de Emoções

Às vezes, fico a imaginar e, em seguida, vem a pergunta que segue a exclamação.
O que seria de nós se todos que nos rodeiam conhecessem sequer, uma fração daquilo que estamos pensando em certo e determinado momento? Muitas vezes, aquilo que estamos pensando faz parte das nossas emoções de alegria, de tristeza, de infelicidade, de amor, de ódio, de um querer até, diferente do querer que nos exalta, servindo de meio de repulsa e outras, e outras e outras formas de comportamento, mas o que se cala, muitas vezes, é guardado na mente, o cofre das nossas emoções que recolhe os nossos segredos, armazenando-os de tal forma que muitos deles, jamais, serão revelados, desde que, desconhecidos.
Deus nos deu esta faculdade, talvez, para nos livrar da malícia, em certo ponto, de tantos que nos rodeiam. Assim, cada qual tem, em sí, o seu cofre onde são guardadas as suas emoções. Não é bom?...
Por isto escreví.
MEU ARQUIVO SECRETO


Era cedo, bem cedo,... manhãzinha!
Era luz, arrebol, era alegria,
era espanto de dor, de nostalgia,
esperança, em nós, o que se tinha.

Mas, no céu, devagar, a luz que vinha
apagava as estrelas e surgia
o clarão da manhã de um novo dia;
um presente de Deus pra quem caminha.

Caminhando e comigo conversando,....
as lembranças que tenh’ nem sei de quando
me assaltaram em grandes turbilhões

e, depois de, em silêncio, meditar,
fiz da mente um arquivo pra guardar
os segredos das minhas emoções.

Rafael dos santos Barros, Caruaru 18/10/2000

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