quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Meditação de Fim de Milênio

      Duas coincidências, pela medida do tempo, nos enchem de alegria e, ao mesmo tempo, de tristezas face a tudo que nos contaram e a tudo que assistimos, até hoje, no passar dos anos. Os continentes e os mares foram o palco de toda a história da humanidade; os céus serviram de caminho para o homem em busca do infinito. Fomos até lá; fomos à Lua de onde se avistava o nosso planeta, azul. Estivemos em Marte. Discos voadores cruzaram os nossos céus e, dizer, ao certo de onde vieram, ninguém disse à míngua de provas. O homem do século XX colocou, bem lá em cima, sobre nossas cabeças, o produto do seu pensamento em forma de estações espaciais e de satélites que nos têm servido em todos os momentos, encurtando distâncias e multiplicando a voz ao longo das mesmas.
      O computador, a máquina maravilha do nosso tempo e que, aos poucos, vem atrelando os homens a si de forma que, num futuro próximo, ninguém poderá relegá-lo ao segundo plano. As descobertas, ao longo do tempo, buscando a melhoria dos povos nas quais foram encontrados meios de melhorar a subsistência humana, elevando, para quase oitenta anos, a média de vida. A cultura do saber para descoberta de novos conhecimentos científicos para o bem da humanidade. Inumeráveis, estas metas conquistadas! Será que, no espaço de cem anos, o homem voltou o seu pensamento, agradecendo a Deus? Será? São, talvez, pouquíssimos os que agradeceram! O homem se alegra diante destes feitos.
      Por outro lado, o reverso da medalha!
      A falta de amor ofusca os caminhos da paz.
      Muitos se acham com o direito de apregoar a inexistência de Deus e, por conta desta circunstância, vivendo sem Deus, multiplicam a violência por onde passam e, como uma terrível tempestade, ceifam vidas preciosas nos caminhos da busca do dinheiro e do poder na ânsia de uma vitória que não lhe sorrirá por muito tempo. Destroem o que Deus criou, destroem a vida!
      A natureza é vítima constante do seu trabalho; o homem é o alvo dos seus objetivos criminosos, massacrado pela fome, pelas armas, pelos maltratos e outras formas de sofrimento; quantos já não morreram?
      Faltando o amor, faltará Deus, faltará a paz!
     Mas Deus existe para todos basta que nos convençamos disto, ao mesmo tempo, procurando-se o amor.
     Por isto escreví:

MEDITAÇÃO DE FIM DE MILÊNIO
Rafael dos Santos Barros


Fim de milênio! O mundo é meio triste
Quase, sem Deus! Mas, Deus está presente,
Em muitas mentes, permanece ausente,
Embora, mesmo, que se diga: - “Existe”!

A insensatez que tanta gente assiste,
ante a ganância, por demais, ingente,
abre ferida n’alma e consciente,
o homem a segue e dela não desiste.

Chega o Natal de Cristo, o Salvador!
e o que fazer para sanar a dor
de quem me segue e o sofrimento traz?...

Se eu não cantar um canto de louvor;
se, em minha vida, não buscar o amor;
como pedir para que tenha paz?

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