Todo final de ano nós, os que afirmamos ser parte da Cristandade, aproveitamos o clima festivo para amenizar as “Dores do Mundo”. Seja mandando uma mensagem de otimismo, de solidariedade, de congratulações..., ou no mínimo de boas festas.
Muitas e muitas vezes fazemos e remetemos a mensagem sem sobre ela sequer meditar. Por isso acabamos nos associando aos “carregadores” das dores do mundo, sem a satisfação de usufruir das benesses. Sim, das benesses! Elas também existem, e como existem!
Basta apenas que meditemos um pouco sobre a generosidade do criador para com as suas criaturas de boa vontade.
Artur Schopenhauer, filósofo alemão, nascido em 22 de fevereiro de 1788, em Frankfurt e falecido em 21 de setembro de 1860, caracterizou-se por “não se encaixar em sistemas filosóficos da sua época” e acabou por exercer forte influência em outros filósofos contemporâneos, notadamente em Friedrich Nietzsch.
O pessimismo de Schopenhauer levou a escrever um livro intitulado “As Dores do Mundo”, o qual li na minha juventude e, sem sombra de dúvida, me deixei influenciar pelo seu pessimismo.
Mas, diferente do filósofo alemão, tanto na inteligência, pois a minha não faz qualquer sombra à dele, como na filosofia de vida, ao optar por ter e praticar uma religião cristã, tenho vivido carregando um pouco das dores do mundo, mas sem a pretensão de achar que posso carregar todas.
A minha vida de participe na religião adotada não me impede de continuar admirando a filosofia de Shopenhauer, inclusive me utilizando sempre dos seus pensamentos e da sua obra, principalmente ao afirmar: “O QUE SOMOS CONTRIBUI MUITO MAIS PARA A NOSSA FELICIDADE DO QUE O QUE TEMOS”
Assim, mesmo diante dos obstáculos que a vida nos impõe, os quais classificamos como “dores”, rogo ao nosso bom Deus que nos permita continuar cultivando e disseminando os verdadeiros princípios de humanidade, fraternidade, Justiça, solidariedade e AMOR entre os homens, para que viabilizemos a construção de um mundo voltado para os verdadeiros valores do ser humano, onde o SER seja o grande diferencial e a meta de todos nós.
Que tenhamos um Natal cheio de paz e felicidade e que em 2011 possamos realizar o sonho de termos um planeta terra onde impere a paz, a harmonia e a igualdade entre os homens e as nações, com uma distribuição mais justa das riquezas, de modo que o SER possa definitivamente ser o objetivo de todos nós, no lugar do TER.
Que a felicidade, a harmonia e a paz possam estar presentes em todos os lares, não apenas de uns poucos privilegiados, quando milhões de seres humanos vivem o flagelo da miséria, da fome, da pobreza, da violência e das injustiças.
Que todos os que lêem essa mensagem possam continuar partilhando a construção de um mundo melhor, desejando e vivendo um NATAL DE MUITA PAZ E HARMONIA E UM ANO NOVO DE ESPERANÇA E DE MUITAS REALIZAÇÕES.
É o que peço e rezo para que aconteça com todos os que tenho o privilegio de considerar amigos e irmãos e que juntos temos, pelo menos tentado, carregar um pouco das “dores do mundo”.
Adelso Ramos Ferreira
Sócio do RC Caruaru
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