quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Viver Com Dignidade

Muito interessante se torna a vida quando se tem noção de finitude de ser humano e do tempo, como um “ente” por essência, tão democrático como a morte. Passa e chega para todos!


Há pessoas que, sem tal noção, buscam a todo custo suprir as carências e ansiedades através do trabalho. Outras, desprovidas de senso críticos e, muitas vezes, de princípios, enveredam pela marginalidade, não por serem essencialmente maus, mas por lhes faltar formação e informação.

As que têm princípios, advindos do “berço”, nunca se deixam levar pelo momento e estão sempre buscando o “caminho certo”, seja pelo estudo, seja pela prática de uma religião ou até mesmo pela companhia de outras pessoas que lhes servem como “exemplo”.

Marginalizar-se é coisa banal. Basta que se encontre e se conserve companhias e amizades com gente descompromissada com os valores básicos que devem nortear o comportamento da sociedade e se coloca o “pé na marginalidade”. Após a contaminação, o resto vem por acréscimo!

Há um principio básico, que denominamos de “hierarquia de valores”, que norteia a vida de quem faz a opção mais correta, entre o “ser e o ter”. Quem opta pelo “ter”, se multiplica na busca de acumular valores, bens, prestigio poder e outros “bens” que não são bem, nem fazem bem, porque a acumulação, além da necessidade, gera ônus impagável! Muitos, mas muitos mesmo matam, ferem e ofendem quem quer que cruze à sua frente, para usufruir de oportunidades que lhes farão “ricos”. Esses poderão ter dinheiro e muitos bens materiais, mas nunca, absolutamente nunca, serão ricos! Outros também - muitos outros -, graças a Deus, fazem opção pelo “ser”. Esses, diferentemente “daqueles”, levam uma vida de muitas dificuldades. Materialmente estão sempre carentes, mas continuam firmes na busca do “norte” da riqueza verdadeira - Aquela que nenhum ladrão rouba, nem o tempo desfazem.

A opção pelo ser significa muita renuncia, mas vale à pena. E como vale! Nunca será pela falta de bens materiais que o optante pelo “ser” vai desesperar-se. Pois, ao contrário daquele que fez opção diversa da sua, se fortalece na fraqueza e se jubila com a felicidade do “outro”.

Se parássemos para fazer um balanço da nossa vida, comparando-a com muitos que se jubilam com o “ter”, com certeza iríamos descobrir que, se você, optando pelo “ter”, mesmo sendo correto, acumula muitos bens, seja de que qualidade for, quando “for chamado” desse mundo, se o seu destino for o céu, não levará um níquel.

Se também fez opção pelo “ter” e, para conseguir amealhar bens e riquezas mil, também quando for chamado e lhe couber um “lugar no inferno”, também não conseguirá levar um misero vintém!

Pensemos nisso com carinho e, se ainda relutamos, façamos a nossa opção por VIVER COM DIGNIDADE!

Comp. Adelso Ramos Ferreira, RC Caruaru

Nenhum comentário: