segunda-feira, 30 de agosto de 2010

De Que Riem os Políticos?

É tempo de eleição e com a inconseqüente campanha política os candidatos aparecem e mostram uma única realidade: quem pode mais.
As ruas da cidade ficam tomadas, literalmente, por bandeiras; cartazes e fotos, muitas... muitas e  muitas, fotos de candidatos, a todos os cargos oferecidos no “grande concurso da democracia”.
A certeza que deveria ser de que, aqueles que pleiteiam um cargo público, o façam por vocação; por amor à causa pública e por respeito ao cidadão, é utópica.
Pedindo vênia a quantos se sintam ofendidos, contrariamente à realidade nua e crua, a única certeza, sem utopia, é de que, na sua grande maioria, os pretensos “defensores do povo” só  têm um grande programa: se dar bem, a qualquer custo! O que, sem dúvida, é uma lástima!
Diante dessa realidade constrangedora cria-se uma situação inusitada, representada pela pose dos candidatos nas fotografias exibidas pelos momentâneos publicitários da “utopia”, na qual nem eles mesmos acreditam.
As fotos, todas bem trabalhadas e com os protagonistas devidamente maquiados,  estão todos de “sorriso aberto”, que motiva o título do presente trabalho.
Há que se indagar: Será da satisfação, por estarem exercendo o direito de mostrar publicamente que são “fotogênicos”...; de, com maquiagem ou de “cara limpa”, exibirem sua face de galã...; de se sentirem eufóricos por participarem do “grande circo” que se transforma a democracia, em vésperas de eleição...; ou, estarão rindo da certeza da impunidade, seja do que já praticaram ou do que pretendem praticar contra os ignaros cidadãos e cidadãos que, na sua maioria, compõem a sociedade brasileira, formada pelos que trabalham, se sacrificam, pagam impostos e são enganados por tantos quantos se utilizam dessa mesma “massa ignara” para conseguir uma senhora promoção, através de um “cargo público”, conquistado através de artimanhas; esperteza e dinheiro, a perder de vista!
Verdade das verdades; tristeza melancólica, pois os sorrisos que deveriam representar a satisfação do “dever cumprido” são, nada mais, nada menos, do que escárnio dos que lhes confiaram um voto, possibilitando-lhes mais uma oportunidade de se darem bem, através do exercício de um mandato, obtido em pela porta de travessa da corrupção, à qual darão continuidade no seu exercício, sem qualquer medo de punição, como tem sido a regra, desde os tempos do nascimento da República.
É verdade. Os políticos, na sua maioria incontestável, riem de todos nós, os ignaros eleitores! 
Adelso Ramos Ferreira, RC Caruaru Sul

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