segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Que é Viver em Santidade

      Estamos vivendo uma época de grandes transformações, tanto econômica como ética, moral, social e religiosa, a ponto de perdermos, muitas vezes, a capacidade de distinguir o “certo do errado”.
      A situação é tão inusitada que, mesmo não sendo um profundo conhecedor da doutrina cristã, mas apenas um seguidor de Cristo, que quer ser merecedor das suas graças, me aventuro a tentar ajudar aqueles que, na mesma situação, estão buscando entender o que o nosso Bom Deus está querendo de cada um de nós para podermos ser santos, ou pelo menos viver em santidade.
      Para os que temos fé e, bem ou mais ou menos, procuramos vive-la, necessário e fundamental é estar atentos aos parâmetros dos ensinamentos da Igreja, embasados nos dons do Espirito Santo.
      Os dons do Espirito Santo são diversos e todos eles úteis à edificação da igreja, tendo por base os seres que a formam, incluindo os religiosos e leigos, que também o somos. O dom de línguas é visto por algumas denominações como um sinal do “Batismo no Espírito”; chegando a afirmar alguns que se o “cristão” não fala em línguas estranhas, não estará justificado perante o “Espirito”, mesmo tendo sido batizados. Tal entendimento, além de ser discriminatório, é considerado errôneo, tanto pela Igreja Católica como pelos evangelicos pentecostais e por parte dos não pentecostais. Os que defendem tal tese se utilizam do que descreve o “Pentecostes”, no entanto, as línguas ali faladas não foram estranhas ou de anjos, mas sim, idiomas regionais. Pode ocorrer que o falar em línguas, em alguns casos, possa vir a ser a confirmação do enchimento com o Espírito, mas, não é possível nem sábio generalizar. Há também os que defendem que a condição de santo é imposta a todos que querem viver na presença do Senhor, e só estes estão habilitados a receberem os dons reservados, não especificamente línguas.
      Por outro lado, entendemos que, como é óbvio, as vidas que produzem os frutos do pecado, simplificado pelo “desamor”, estão afastadas de Deus e incapacitadas de serem usadas pelo Espírito Santo. Assim, nem é preciso que sejamos estudiosos para entender e aceitar que, se as pessoas que não vivem em santidade, mesmos que finjam que falam em línguas, ou profetizam, provavelmente são movidas pelo espírito de engano. Visto que o reino das trevas seria um reino organizado que procura imitar o reino celestial, mas com distorções, e sinais de mentira.
      Certos mesmo estão os mais conservadores que, salientando a ordem e decência no falar em línguas, ressalvam que “falar línguas não faz o homem santo como muitos pensam, mas viver a vontade de Deus é o que faz o homem ser santo”.
      Tudo isso nos leva a São Tiago que, sob a afirmativa de que “a fé sem obras é morta”, além de valorizar os ensinamentos de Paulo, aceitando que as graças de Deus fluíam das suas mãos para outros por quem orava, jamais abdicou do “agir” em favor do outro, como forma maior de obter a santidade.
      Falar em línguas, mesmo não sendo o dom mais importante segundo Paulo, é de suma importância para edificação pessoal. Muitos estudiosos entendem que, ao descrever os dons por importância, Paulo situou o de línguas entre os menores, mas ressalvou a importância de haver alguém que possa interpretá-lo, para edificação da igreja.
      Em resumo, viver em santidade, não parece muito dificil: basta viver para servir o outro, uma vez que a santidade está na “doação”: “mostra-me a tua fé que eu te mostrarei as minhas obras”!
Adelso Ramos
RC Caruaru

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