quinta-feira, 28 de maio de 2015

POR QUE COMPARECER ÀS REUNIÕES?

     Na manhã de hoje, como em todas as outras, eu estava coando café. E como faço em todas as outras manhãs, coloquei um pouco de água quente dentro da garrafa térmica antes de começar a coar o café. Só que hoje eu acabei esquecendo de jogar fora a primeira água da garrafa térmica e coei o café sobre ela. Ao ver o nível de café na garrafa, me dei conta do engano, mas supus que aquilo não influenciaria em nada o paladar do café. Ledo engano: tive de jogar fora o café e preparar outro. 
     Mas o que ocorreu com o café? Era a mesma quantidade de pó e a mesma quantidade de água de todas as manhãs. No entanto, uma quantidade de água, pouco menos da metade, não passou pelo coador. E o café ficou aguado. 
     Meditei muito sobre isso e concluí que o mesmo que ocorre com o café acontece em nossos Rotary Clubs. Com o Agora surge a pergunta que faço a todos: Você está no Rotary para servir ou para ser servido? Quando servimos o que importa é a transformação, a alegria que levamos e as mudanças que fazemos na vida das pessoas que têm menos oportunidades. Que têm fome. Que têm sede. Que têm dor e sofrimento. Que não têm esperança. E quando queremos ser servidos, o que importa é o nosso sucesso, pois a vaidade fala mais alto. Meus companheiros, precisamos evoluir. O “troféu” da vida é a obra que fomos capazes de construir e produzir. Chama-me a atenção a frase que o apóstolo Paulo e Barnabé disseram aos discípulos, estimulando-os à firmeza: “É necessário que passemos por muitas café, somente a água que passa pelo coador, que fica alguns segundos em contato com o pó, retira dele toda a sua essência em aroma e perfume. A água que não fica em contato com o pó uma parte do que foi retirado dele, distribuindo o aroma por igual. Mas por não passar pelo pó, não tem aroma próprio. 
     Da mesma maneira, um companheiro que não comparece às reuniões é igual à água que não passa pelo coador e não tem o perfume do café. Quando um companheiro deixa de participar de uma promoção, ele recebe dos demais a experiência por eles vivida, aprendendo com a experiência alheia – mas não terá o vigor de ter vivido ele mesmo a experiência de ajudar alguém. 
     Somente aquele que vê os olhinhos cheios de lágrimas de uma criança ganhando um presente de Natal pode sentir realmente o que é ajudar o próximo. Somente tribulações.” Isso parece bem o oposto do que se proclama hoje! Quando surge uma “tribulação” (um problema, uma enfermidade, um revés qualquer) muitos já a conectam a uma ação diabólica, como se fôssemos isentos de problemas, como se Deus fosse um tipo de super-herói pessoal que está sempre alerta para nos livrar dos problemas assim que surgem. Gerando assim, um ser oportunista e infantil. Quem não tem problemas? Quem não sofre angústias? Quem não tem sua fé questionada vez ou outra? Ser rotariano implica ter fibra, exercer o servir, demonstrar amor e compaixão. Ser líder no Rotary não é uma senha ou palavra mágica que abre todas as portas. Que Deus nos torne hoje rotarianos maduros, que enfrentam os problemas do dia a dia com quem vê o sorriso de um idoso ao receber uma visita pode reconhecer o valor de um sorriso verdadeiro. É que por vezes nos esquecemos que quem ouve esquece; quem vê às vezes lembra; mas quem ouve, vê e faz, aprende. 

Vigor 
     Eu tenho passado por experiências gratificantes no Rotary, seja nas festivas, nas reuniões semanais, nas promoções do clube ou durante os intercâmbios da amizade. Sempre que temos um evento ou um encontro com os companheiros, a certeza é de que haverá aprendizado e companheirismo. Isto tem tornado os companheiros mais fortes e unidos nos ideais do Rotary, ao passo que os companheiros que não são frequentes se parecem com a brasa que fica longe da lareira: aos poucos, eles vão se apagando, até que não tenham mais calor. dedicação e amor ao próximo. Hoje, eu quero agradecer a todos que saíram dos seus lares para irem até Jequié. Sintam-se amados, acariciados e felizes. Sigam alegrando-se com aquilo que vocês constroem a cada dia. Quem confia em Deus sabe que seus castelos podem ser derrubados, que os troféus podem ser “roubados”, mas que há uma esperança no amanhã. “Se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi...” Um grande e forte abraço a todos. 
     Um clube, mesmo que numeroso, mas que tenha companheiros pouco participativos, será um clube fraco como o café do começo deste texto – porque os companheiros que não participam não têm o mesmo vigor, e o clube perde em força e coesão. 
     Pensando nisso, afirmo que a presença dos companheiros nas reuniões e nas promoções do seu clube é de participação obrigatória para aquele que vê no Rotary Club mais do que apenas um clube de serviços ou de um lugar para encontrar os amigos. O Rotary International é uma organização responsável e preocupada com o bem comum ao redor do mundo, e por isso seus associados devem ser responsáveis. 
* O autor é Carlos Eduardo Buchweitz, 
associado ao Rotary Clube de Maringá-Aeroporto, PR (D. 4630). 
Extraído da Brasil Rotário Online.

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